A secretária de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Denise Esteves, declarou que a intenção é combater o silêncio e a indiferença da sociedade. “Pela manhã haverá distribuição de panfletos e adesivos no centro da cidade e, a partir das 13h, no Cine Teatro São João, palestra com a psicóloga Cristine Grisolia, apresentação teatral com o Grupo Nós na Rua e prestação de contas dos trabalhos prestados pelo Conselho Tutelar. “Convidamos representantes do Ministério Público, Delegacia Legal, secretários municipais, vereadores, empresários, ONGs e alunos de escolas municipais”, disse.
Segundo a coordenadora do CREAS, Marilena Cintra, dentre as diversas manifestações de violência contra crianças e adolescentes, as mais incidentes são o abuso sexual praticado por integrantes da própria família e a exploração sexual para fins comerciais, como a prostituição, a pornografia e o tráfico. “Além de crime e cruel violação dos direitos humanos, essas expressões resultam em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico social e moral das crianças e dos adolescentes suscetíveis a esse tipo de violência”, ressaltou, acrescentando que entre outras consequências, as vítimas estão sujeitas à dependência de drogas, à gravidez precoce e indesejada, a distúrbios comportamentais e doenças sexualmente transmissíveis.
A data do Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual, instituído pela Lei Federal nº 9970/00, foi escolhida porque em 18 de maio de 1973, em Vitória-ES, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta daquela cidade. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, prescreveu impune.
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