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quarta-feira, 21 de março de 2012

SJB: ‘Eles não mataram só o Dudu, mataram a mim e minha família’

Justiça. É com uma palavra que familiares e amigos de Carlos Eduardo Carvalho da Silva, 28 anos, assassinado em 22 de fevereiro de 2009 resumem sua expectativa diante do julgamento dos dois indiciados pelo homicídio do jovem. “Dudu”, como era chamado no convívio familiar morreu no domingo de carnaval, quando retornava de um churrasco na casa de um colega de trabalho, em São João da Barra.

Segundo familiares, ele havia bebido muito e teria tropeçado, batendo no portão da casa de um dos indiciados, eles então teriam começado a agredir o Dudu, dando um golpe conhecido como “mata leão”, que quebrou o pescoço da vítima. Os dois réus, Alan Sterque da Silva e Bernard Penha Maia, ficaram presos por cinco meses após o assassinato, mas conseguiram responder em liberdade pois não tinham antecedentes criminais.
Dudu era carioca, mas sempre passou longos períodos em São João da Barra, na casa dos familiares de seu pai, passou a morar no município, após se separar da mãe de sua filha, que na época de sua morte tinha oito anos. Ele trabalhava na empresa ARG, montando andaimes na obra do Porto do Açu.

A mãe de Dudu,  Tereza Carvalho da Silva, contou a reportagem do Ururau um pouco da angústia desses três anos de espera pelo julgamento. “Naquela noite eles não mataram só o Dudu, eles acabaram com a minha vida, com a vida do meu, marido, da minha neta, da minha filha, ele morava com a irmã em São João da Barra. No dia que ele morreu, nós havíamos chegado do Rio de Janeiro para passar o carnaval com ele, meu marido, minha neta e eu”, relata Tereza.

Ela também diz que o que move o grande grupo, composto por amigos, familiares e populares, que se comoveram com o caso, é a vontade de ver a justiça sendo feita. “Em momento algum nós pensamos em outra coisa senão na justiça, para que eles nunca mais façam com outra mãe o que fizeram comigo”, diz Tereza emocionada. Ela lembra que o filho era um jovem alegre, trabalhador e carinhoso e lamenta o sofrimento da neta, hoje com 11 anos, ela afirma que o comportamento da criança mudou após o choque da morte do pai, com quem tinha uma relação muito carinhosa.

Tereza conta o quanto é difícil ver os responsáveis pela morte de seu filho soltos enquanto a vida de sua família se desestruturou. “Parece que agora um deles resolveu estudar, o outro trabalhar, a vida deles, eles estão tocando, enquanto a minha família não consegue se recuperar, são três anos de sofrimento, minha irmã que era muito apegada ao Dudu perdeu o emprego no qual trabalhava há 12 anos, ela não tem condições psicológicas. Eles detruíram a nossa família.

Bernard Penha Maia e Alan Sterque da Silva, vão a Júri Popular a partir das 10h, no Fórum de São João da Barra. Eles foram indiciados por homicídio qualificado e podem ser condenados a até 30 anos de prisão.  

Uma grande manifestação pacífica está sendo preparada por amigos, familiares, colegas de trabalho e populares, pedindo justiça no caso Dudu.

Ururau

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