Condenados por matar Dudu vão cumprir pena em regime semiaberto

Após três anos de processo, Alan Sterque da Silva e Bernard Penha Maia, ambos de 23 anos, foram condenados a cinco anos e seis meses, em regime semiaberto, pelo assassinato de Carlos Eduardo Carvalho da Silva, 28 anos, o Dudu, em fevereiro de 2009.

O julgamento começou pouco depois das 10h e reuniu dezenas de familiares tanto da vítima quanto dos réus, na frente do Fórum. A primeira parte do julgamento pode ser acompanhada por 60 pessoas, dentre elas, familiares e amigos dos réus e da vítima. Os familiares de Dudu levaram vários cartazes pedindo justiça e cantaram músicas gospel do lado de fora do fórum.   

Na parte da tarde, a Polícia Militar foi chamada e pediu para que os familiares de Dudu e dos réus ficassem separados, em lados diferentes da rua, para evitar qualquer tipo de desentendimento.

REVOLTA
Os familiares de Dudu ficaram chocados com a sentença, já que acreditavam numa pena maior, em regime fechado. Nesta terça-feira, véspera do julgamento, a mãe de Dudu, Tereza Carvalho da Silva, conversou com a reportagem do Ururau e falou de sua tristeza em saber que os dois responsáveis pela morte de seu filho estavam soltos, vivendo normalmente enquanto seu filho está morto. “Eles estão levando uma vida normal, um está estudando, o outro trabalhando e a minha vida, a do meu marido e ma minha neta acabou, eu quero que eles sejam presos, que a justiça seja feita”, disse.

ENTENDA O CASO
Carlos Eduardo Carvalho da Silva, foi assassinado em 22 de fevereiro de 2009, quando retornava de um churrasco na casa de um colega de trabalho, em São João da Barra.

Segundo familiares, ele havia bebido muito e teria esbarrado no portão da casa de um dos indiciados, eles então teriam começado a agredir o Dudu, dando um golpe conhecido como “mata leão”, que quebrou o pescoço da vítima. Os dois réus, Alan Sterque da Silva e Bernard Penha Maia, ficaram presos por cinco meses após o assassinato, mas conseguiram responder em liberdade, pois não tinham antecedentes criminais.

Dudu era carioca, mas sempre passou longos períodos em São João da Barra, na casa dos familiares de seu pai, passou a morar no município, após se separar da mãe de sua filha, que na época de sua morte tinha oito anos. Ele trabalhava na empresa ARG, montando andaimes na obra do Porto do Açu. Ele deixou uma filha de oito anos, hoje com 11.

Ururau