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sábado, 21 de julho de 2012

A produção agrícola na região do Açu & a necessidade de um POT

Muito já se falou e ainda tem conversado sobre a redução da produção agrícola na área do entorno onde está sendo construído o Complexo do Açu.
  

As primeiras desapropriações de áreas para a implantação do DISJB (Distrito Industrial de São João da Barra) já atingiram algumas destas produções que envolvem as culturas de aipim; quiabo, tomate, pimentão, abóbora, além do conhecido maxixe, que virou motivo de chacota por parte de algumas pessoas.


Pois bem, neste contexto é que o blog identificou que passou despercebida, uma matéria no jornal O Globo, do último domingo 15 de julho, que tratou da agricultura familiar, em nosso estado e sobre sua comercialização através do Ceasa de Irajá no Rio.

A reportagem citou a entrevista com o senhor Grimaldo Ribeiro da Silva que disse empregar em sua lavoura 25 agricultores. Foi apresentado como um dos principais fornecedores de aipim do pavilhão 21 da Ceasa de Irajá. Ainda segundo a reportagem, o senhor Grimaldo, seria dono de dez hectares de terra na localidade de Pipeiras, distrito de São João da Barra. O produtor sanjoanense reclamou que gasta nove horas só com a viagem e dos R$ 90 de pedágio que gasta por viagem para escoar sua produção de seis mil caixas de 20 quilos de alimentos por semana. 

Nesta mesma reportagem, o secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Alberto Mofati, disse que a agricultura familiar é característica importante do Estado do Rio de Janeiro (ERJ), onde não existe espaço físico para latifúndios agrícolas e que tem apenas 0,5% do território nacional, abrigando 10% de toda a população brasileira, sendo ainda o estado mais urbano da federação, com 70% de sua população vivendo na capital.

De posse destas informações sobre a produção agrícola local e da realidade de nosso estado, eu continuei com minhas insistentes indagações: como conciliar as diversas questões que envolve o desenvolvimento menos heterogêneo de nosso estado, menos concentrado na região metropolitana, menos dependente do setor de petróleo e que harmonizasse o crescimento econômico e a geração de trabalho e renda com a justiça socioambiental?

A ocupação do território em nossa região necessita de um sério, democrático e verdadeiramente participativo, Plano de Ordenamento Territorial (POT). Este plano deveria considerar, minimamente, os conflitos de interesses (sem hierarquiza-lo pelas suas dimensões), elaborando programas e traçando ações, que não tivesse no crescimento econômico o seu único objetivo.

O POT deve procurar incluir nas novas atividades industriais e de serviços, os que não querem atuar na agricultura, mas garantisse aos demais, o direito de trabalhar as suas terras e assim, garantir o alimento da população regional, que deverá ser acrescida com o Complexo do Açu. Desejar e colaborar com estas intenções, seria pedir muito?



PS.: Foto do trabalho em produção agrícola na localidade Água Preta, 5º Distrito de SJB.







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