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De acordo com a assessoria de imprensa da concessionária Autopista Fluminense, do Km 84 (Campos) ao Km 144 (Macaé), o investimento é de cerca de R$ 200 milhões. A previsão era para início em 2017 com término em 2021, porém no final de 2009, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a antecipação da obra.
— Pelo trecho entre o Km 132 e o Km 144 (Macaé), já foram realizadas a implantação do sistema de drenagem e dos terraplenos, que a partir do mês de março, serão intensificados os trabalhos, visto que o período de fortes chuvas está terminando. Este mês, a concessionária instalará mais uma frente de obras na região de Campos dos Goytacazes, entre o Km 102 e o Km 112 — informou o assessor Rodrigo Meira.
Ainda de acordo com o assessor, as obras não vão interferir no tráfego, pois serão realizadas paralelamente à pista. Mais uma frente de obra deverá ser instalada após a anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na região do município de Campos.
— Nesta última localidade serão executados os serviços de correção de traçado, que irão promover melhorias nas condições técnicas de traçado e greide — informou, acrescentando que, para as obras de duplicação entre Rio Bonito (Km 261) e Casimiro de Abreu (Km 190), e entre Casimiro de Abreu (Km 190) e Macaé (Km 144), ainda está em andamento o licenciamento ambiental para o trabalho.
Em novembro de 2011 foram iniciadas obras do trevo do Km 169,5 (Norte) e no entroncamento da rodovia com a RJ 168, no acesso à Macaé. A previsão de término é para o segundo semestre deste ano. O trevo em desnível substituirá a interseção em nível existente no local, onde hoje há um cruzamento de veículos na rodovia, possibilitando todos os deslocamentos para acessar e sair da BR-101, nos dois sentidos da rodovia, além de permitir manobras de retorno com maior segurança e conforto. Atualmente são realizadas a implantação do sistema de drenagem e a fundação da estrutura da passagem inferior do viaduto. O investimento previsto para esta etapa é de R$ 16 milhões.
Fluxo será retirado do trecho urbano
Um dos motivos que causam acidentes na BR 101 é o fluxo de veículos passando dentro do trecho urbano de Campos. Para resolver o problema, a concessionária anunciou um contorno para desviar a concentração no trecho. A concessionária prevê a execução de um contorno rodoviário no lado oeste do atual traçado da BR 101, entre o Km 55 e o Km 84,5, na região de Campos, entre 2017 e 2019. “A ANTT autorizou a concessionária a estudar alternativas de traçado pelo lado leste do atual traçado da rodovia, que está em andamento”, explicou Rodrigo Meira. Ainda segundo a assessoria, por solicitação da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, a ANTT autorizou a assinatura do convênio que prevê a transferência da execução de obras e serviços entre o km Km 58 (Campos/Vitória) e o Km 75,2 (Campos/Rio). “Os projetos para alterações nas características da rodovia devem ser analisados pela Autopista e aprovados pela ANTT, para garantir a conformidade com as normas de engenharia vigentes”, completou.
O Trecho da BR 101 que liga Campos à Vitória é o que mais tem sido palco de vítimas fatais em acidentes. As oito mortes registradas em janeiro deste ano — quatro a mais do que janeiro de 2011 — aconteceram nesta parte da BR. A equipe de reportagem da Folha questionou a concessionária sobre a duplicação neste trecho, mas não obteve resposta.
A dor de quem perdeu entes queridos
A equipe de reportagem da Folha da Manhã pediu resposta à assessoria de comunicação da Prefeitura de Campos sobre o trecho da BR 101 que será municipalizado, mas durante os dois dias não obteve resposta. Pessoas que já perderam parentes na estrada torcem para que as obras sejam realmente feitas e concluídas.
— Perdi meu pai e meu irmão em um acidente na BR 101 no ano passado. Vidas que mal começaram terminam em um segundo. Depois que vemos a tragédia de perto, começamos a perceber que uma obra bem planejada pode fazer a diferença e salvar vidas. Não desejo a ninguém a perda que tive — disse a técnica em informática Mariana Carlos Gomes, de 26 anos. Já a dona de casa Márcia Peixoto, de 68 anos, quase perdeu o filho de 22 anos. “Não desejo a ninguém o que passei. Tenho medo porque ele ainda trabalha na estrada”, completou.
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