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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Obras do Porto salinizam águas e terras da Baixada e podem trazer a desertificação


Sal & Areia, o X do maior desastre ecológico da região

Apesar das fantásticas apresentações a investidores, promessas mirabolantes, incentivos governamentais e fabulosos recursos oficiais captados, as obras de construção do Superporto do Açu não mostram transparência suficiente em relação aos graves problemas sociais causados e aos enormes danos ambientais envolvidos.
Diante da estranha indolência e da arraigada incompetência do Inea na região, surgem provas irrefutáveis de grandes prejuízos ambientais causados pela implantação das empresas da EBX no Açu.
Milhares de toneladas de areia e água do mar estão sendo despejadas diretamente no solo sem que nenhuma providência efetiva esteja sendo tomada.
Construção dos canais do estaleiro é a maior responsável pela salinização
As obras do estaleiro da OSX – que segundo anuncia o site da OSX, “obteve priorização pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) de uma linha de crédito que pode chegar a até R$ 2,7 bilhões e prazo de 10 anos para a construção da Unidade de Construção Naval do Açu (UCN Açu), e, em janeiro de 2012, já recebeu desembolso no valor de USD 427,8 milhões, correspondente a um empréstimo-ponte contratado com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para essa finalidade” – são apontadas pelos pesquisadores da Uenf como as maiores responsáveis pelo que está se desenhando como um dos maiores desastres ambientais da região, já que o canal tem 13 quilômetros de extensão por 300 de largura e 18 de profundidade, gerando um volume de dragagem de faraônicos 43 milhões de m³.
A gigantesca retirada de areia com água salgada, despejada através de um duto, sem nenhum tipo de contenção, em um aterro hidráulico às margens do empreendimento, e com canais de drenagem, está desviando uma incrível quantidade de água salgada para as terras férteis vizinhas, e salinizando todo o lençol freático do Açu e os canais que irrigam parte da Baixada.
Mas a dimensão do dano ambiental é incalculável, pois, além da salinização das redondezas, o desastre ambiental está chegando às terras férteis da Baixada através da salinização de toda a bacia hidrográfica local, conduzida pelos tradicionais canais de irrigação. Matéria completa aqui.

PMSJB distribui água salgada imprópria para consumo humano

Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Somos, o Prof. Dr. Carlos Eduardo Rezende, do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Uenf, relatou o resultado de uma pesquisa realizada no 5º Distrito de São João da Barra com a água que a população está consumindo, distribuída sem monitoramento pela Prefeitura Municipal de São João da Barra, que, segundo os resultados obtidos por testes de condutividade elétrica com equipamentos de última geração, revelou um nível de sal muito além do normal, colocando em grave risco a saúde da população local, além de prejudicar animais domésticos, a fauna e a agricultura, já que o processo de salinização da terra é acelerado e irreversível.

Derrame de sal, o X do desastre ambiental

Entrevista: Dr. Carlos Rezende
Na caixa d’água(da Prefeitura de São João da Barra) essa água estava com uma condutividade de 540 a 640 microsiemens de condutividade (742 na semana seguinte), que é uma água imprópria para consumo humano. Por exemplo, a nossa água fornecida pela Águas do Paraíba varia de 60 a 90 microsiemens, dependendo do período do ano, e uma água mineral pode variar de 45 a 145 microsiemens por centímetro. A água para irrigação deve ter no máximo 300 microsiemens de condutividade, ou seja, se para a planta, para irrigação da planta, essa água já tem teor que é impróprio, para o consumo humano certamente ela é imprópria. Estamos dando mais um alerta para que esse processo seja não só estudado no que diz respeito à saúde humana, mas também na irrigação da lavoura daquela região porque, segundo um agricultor da região, as plantações de abacaxi, maxixe e quiabo já começam a apresentar sintomas de mortalidade com a irrigação dessa água, então, quer dizer que de alguma forma aquele sistema hídrico já começou a sofrer algum tipo de alteração e que merece um monitoramento mais acurado… Entrevista completa aqui.

Guerra química?

Entre os moradores do 5º Distrito paira uma interrogação: salinizar a água e as terras da região não seria uma forma de guerra química utilizada para vencer a resistência dos que insistem em resistir às questionáveis desapropriações?
A dúvida tem fortes fundamentos, pois sem água para beber para humanos e animais, sem água para irrigar, e terras para plantar lavouras, será impraticável sobreviver no local. Coincidência ou não, com a salinização das águas e das terras as empresas X estariam matando dois coelhos com uma só cajadada, construindo os canais e expulsando os pequenos proprietários locais.
“Eles racharam o mar para dentro da terra”
Surpreendida pelos preocupantes resultados da pesquisa, a equipe de reportagem da Somos foi ao Açu acompanhando mais uma viagem de coleta e exames de água da equipe de pesquisadores da Uenf e aproveitou para ouvir moradores do 5º Distrito, como o agricultor João Roberto de Almeida, de 50 anos, mais conhecido como seu Pinduca, que com apenas 2 alqueires de terra sustenta a sua família com esposa e quatro filhos.
Seu Pinduca, como a maioria dos seus vizinhos, recebe água fornecida pela prefeitura de São João da Barra para consumo, na hora da visita da equipe, de acordo com os testes realizados no local pela doutora Marina Suzuki, da Uenf, essa água estava com 744 microsiemens de condutividade, ou seja, maior em 105 microsiemens de condutividade em comparação à primeira pesquisa feita no mesmo local, e mais de sete vezes além do recomendado para consumo humano.
De acordo com a Drª. Marina, a água ideal para consumo é água doce, e água doce não pode ter salubridade nenhuma. “O ideal seria ser abaixo de 100. A água do Paraíba fica em torno de 70, 80 microsiemenes, essa água está imprópria para o consumo”, explicou.
Revoltado diante dos resultados, o agricultor desabafou: “Aí que nós queremos ver onde está a justiça, porque se é para matar o ser humano é para matar. A nossa água era doce, eles racharam o mar para dentro da terra, estão jogando a água do mar direto para as terras.Reportagem completa aqui.

Desertificação: Sal na água e na terra. Um dos maiores desastres ambientais da região

Soffiati diz que solução é parar tudo


Os moradores não têm uma saída, se eles correrem para o que eles chamam de Rio Doce, ou Rio Água Preta, que na verdade, hoje, é o canal do Quitingute, se está nesse nível aqui, ali não é mais viável para água destinada a consumo público, se o lençol freático está salinizado também, como o lençol freático lá é muito alto, quer dizer, quando a gente faz um buraco qualquer a água já sobe, se estiver salinizado, começa a afetar as plantas, se afeta as plantas, afeta os animais, e ainda vai salinizar áreas que estão longe do empreendimento através do canal do Quitingute que vai para Lagoa Feia, que vai para o canal das Flechas, que é o canal que escoa as águas da Lagoa Feia. Então vai salinizar toda aquela área que o DNOS dessalinizou a altos custos, e quem está muito longe dali pode ser afetado, quem cria gado ou planta cana, que foi possível só depois que o DNOS entrou em ação e dessalinizou a área toda, pode perder tudo isso de novo. Eu não sei como, eles não perceberam isso ainda. Eu acho que o processo ainda não chegou até lá nessa intensidade, mas isso vai começar a se manifestar. Entrevista completa aqui.

Nefrologista alerta para os perigos do excesso de sal
O trabalho excessivo dos rins pode contribuir, associado à hipertensão arterial, para mais doenças degenerativas, a hipertensão arterial por si só é uma das três a quatro causas de doença renal crônica. O que leva uma pessoa para hemodiálise? Principalmente, diabetes, hipertensão arterial.
Então, essa quantidade excessiva de sódio na água, porque a gente usa para tudo, para beber, para fazer comida, o individuo que está nessa comunidade, que é uma comunidade simples, rural, extrapola muito essa quantidade mínima que o organismo toleraria sem levar a uma consequência de um trabalho excessivo do rim, de uma hipervolemia, de hipertensão arterial.
A gente tem que ter cuidado, ver essa população, ver qual o perfil dessa população, ver a pirâmide da idade dessa população, porque idoso não pode ficar nem com pouco nem com muito sódio, muito pode fazer hipertensão, pode fazer AVC. Leia a informação completa aqui.




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